"O amor é a capacidade de perceber o semelhante no dessemelhante"
Theodore Adorno
Esta semana tivemos a oportunidade de trabalhar na aula da Profª Márcia um texto sobre o conceito de semi-formação de Theodore Adorno. O texto utilizado foi o capítulo II da Tese de Mestrado de Osvaldo Rocha da Silva - A formação cultural e os temas transversais: um estudo de caso a partir da teoria crítica da sociedade.
Acho que existem momentos raros e mágicos da vida de todas as pessoas, e para mim pelo menos, alguns deles estão conectados a refletir em coisas novas, ou pelo menos sob uma perspectiva nova. E esse texto tocou de alguma forma nestes dois elementos.
Não quero, e nem acredito ter conhecimento para, entrar nos detalhes do conceito de semi-formação, mas para o que tenho em mente com este post basta colocar que a formação cultural de fato desenvolve em nós o cultivo de um espírito crítico e analítico, e nos permite tornar argumentativos com inteligência e elegância. Já a semi-formação cultural instala um espírito conformista, e de pouca ponderação e argumentação crítica.
Como um quebra-cabeças no qual faltam peças temos nossa formação (semi-formação) deixando vazios que nos enfraquecem em nossa capacidade de discernir, em nossa capacidade de refletir e finalmente em nossa capacidade de realizar construções intelectuais e obras com a impressão digital da formação plena e bem estruturada.
Com este texto entendi alguns dos vazios que sinto! Acho que devo convidar Adorno para passar as férias pelos meus neurônios, e agregar algumas sinapses de altíssimo valor agregado ao conjunto existente.
No texto em questão foi levantada a "fórmula" de sobrevivência para a cultura a qual cito literalmente abaixo:
"Diante desse quadro a única possibilidade de sobrevivência que resta à cultura é a auto-reflexão crítica sobre a semi-formação ... evidencia-se, dessa forma, a necessidade do exercício do pensamento crítico para que a formação, como apropriação subjetiva da cultura historicamente produzida, possa sobreviver, pois a semi-formação, ao propiciar a regressão da consciência e ao gerar nos indivíduos o conformismo, faz com que eles ajam mais a favor do que contra o sistema"Volto ao já batido e velho conhecido conceito da presença. Se estivermos presentes de fato em nosso processo de formação, estaremos interagindo inteligentemente com todos os bits de informação que chegarem ao nosso sistema, e portanto, nos apropriaremos de fato do nosso conhecimento ampliando nossa base, nosso ferramental intelecto-cognitivo e com isso nossa capacidade de gerar mudanças positivas e construtivas no mundo que atuamos.
Fiz várias pontes entre este texto, e um pouco do que vimos de Edgar Morin no semestre passado com a Profª Ana Maria, e neste semestre com o Prof. Carlos referente à integração dos saberes. Acho que essa integração é produto e processo ao mesmo tempo na trilha rumo à formação. Mas estas conexões dariam um novo post que agora não tenho tempo para escrever (tenho que acabar de ler os materiais para compor o trabalho de Avaliação Psicológica da Profª Lucila).
Deixo um pensamento a meu critério relacionado com o tema para a reflexão de todos:
"A escuridão não pode expulsar a escuridão, apenas a luz pode fazer isso.
O ódio não pode expulsar o ódio, só o amor pode fazer isso"
Martin Luther King
BOAS PROVAS a todos!!!
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