"É curioso como não sei dizer quem sou. Quer dizer, sei-o bem, mas não posso dizer. Sobretudo tenho medo de dizer porque no momento em que tento falar não só não exprimo o que sinto como o que sinto se transforma lentamente no que eu digo"
Clarice Lispector
Uma corrente é tão forte quanto o seu elo mais fraco |
Essa semana passada teve um pouco de tudo! Começou como uma viagem turbulenta e estressada com o resultado do debate de Psicologia Comportamental, mas felizmente fizemos várias paradas em algumas "estações" que recarregaram minhas baterias de motivação.
A revisão que fizemos em Fenomenologia com a Profª Samanta ajudou a iniciar a mudança do astral da semana. O grupo de trabalho que participei formulou discussões muito interessantes, e acredito que todos nos ajudamos mutuamente a consolidar nossos conhecimentos. Na seqüência da semana outro ponto que foi relevante para mim foi a aula prática com a Profª Flávia onde precisamos revisitar os conceito teóricos estudados, e propor uma forma criativa de apresentá-los para a sala (G2), meu grupo fez um teatro que foi muito gostoso de elaborar, e ajudou na consolidação dos conceitos para todos.
Na aula prática com o Prof. Geraldo discutimos as atitudes com relação à Ciência usando como base o texto "Comparações Capengas" do livro O mercador e o papagaio: Histórias orientais como ferramentas em psicoterapia de N. Peseschkian. A discussão foi muito interessante (mas muito mesmo), pois na medida que cada integrante do grupo colocava seu ponto de vista todos pensávamos novamente e discutíamos nossas posições. Essa atividade foi uma amostra que sim existe alto nível e maturidade em várias pessoas do grupo para discutir ideias sem levar o debate para a esfera pessoal.
Um ponto ruim da semana foi a bronca coletiva dada pelo Prof. Geraldo na sala. No meu modo de ver foi uma reação exagerada pois a aula transcorria tranqüila até aquele momento e a grande maioria das pessoas prestava atenção em silêncio. Ocorreu em algum momento uma conversa em paralelo entre algumas pessoas que persistiu e começou a incomodar, e o professor fez uma advertência coletiva, inclusive trazendo a pauta que os problemas comportamentais da turma já eram um assunto conhecido e falado no CEUNSP. Acho que a mensagem de fundo é válida, mas o público alvo não. Gostaria muito que os professores começassem a direcionar esse tipo de assunto individualmente com aquelas pessoas e grupos que estejam apresentando comportamentos e atitudes que não correspondam. Acho que a parte comportamental e as atitudes do grupo como um todo melhorariam substancialmente se os professores e a coordenação começassem a encarar cada caso como um caso, e não generalizar tudo como se fosse a "Turma B".
Nessa linha li um artigo esta semana na revista Filosofia (Nº55 - Editora Escala - p.16) que me fez pensar bastante, e portanto, transcrevo uma parte que acredita se aplicar ao nosso momento:
"A ética que adotamos em relação aos nossos semelhantes depende em parte de quem consideramos "nosso semelhante". E isso é mais complicado do que parece. A noção de que "todas as pessoas são iguais" não foi aceita da mesma maneira em todas as épocas e, mesmo hoje em dia, embora seja aceita em teoria, é desafiada todos os dias por atitudes que reduzem o outro a uma coisa, não a "meu semelhante".
Muito interessante refletir nisso, e mais ainda conseguir viver coerentemente com essas reflexões.
Para finalizar terminamos a semana com chave de ouro com uma aula fantástica da Profª Ana Maria que começou a nos conduzir nos caminhos da Sociologia.
Que semana! Aconteceu um pouco de tudo, e com certeza termino a semana um ser humano um pouco melhor do que comecei. O que será que o futuro nos reserva?
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