domingo, 14 de março de 2010

Almas deste e do outro mundo...

A alma é essa coisa que nos pergunta se a alma existe

Mario Quintana


Nos últimos dias o conceito de alma tem aparecido com enfoques distintos em disciplinas diferentes em nosso curso de Psicologia, e tenho pensado muito a partir dos elementos que os professores vêm entregando.

Já pensei nisso no passado, e fiz comparações e ponderações partindo do que eu considero os dois extremos do conceito, ou seja:

1. Alma como o modelo transcendente que serve de moldura para a vida física e sobrevive a ela, e;
2. Alma como resultado das reações químicas e dos processos corporais inerentes à vida física, e que portanto, termina com a morte.

Falando a mesma coisa de forma diferente temos um enfoque místico/religioso e outro científico.

Alma (do latim anima) tem a acepção de algo que dá movimento para aquilo que é vivo, ou seja, se pensarmos estritamente no conceito latino, anima é um princípio causal, e o movimento/vida um resultado ou uma conseqüência disso. 1 X 0 para o enfoque religioso.

Por outro lado temos uma dificuldade em poder medir, experimentar, e portanto, científícamente validar a alma como uma entidade separada dos processos físicos, o que adiciona um questionamento válido e forte o suficiente para justificar o posicionamento da ciência frente ao conceito. 1 X 1 o enfoque científico empata o jogo.

Eu fico pensando: e se os dois lados estiverem certos? O que aconteceria se na verdade esses posicionamentos fossem ambos válidos e procedentes, e na verdade fossem apenas formas distintas de observar a mesma coisa?

Algo assim como uma pessoa descrevendo um lado de uma moeda para outra pessoa que somente pode ver o outro, e ambos discutindo para convencer um ao outro. Não seria mais fácil ampliar o conceito de moeda, quer dizer de alma, para algo que incorpore e expanda os dois lados ou aspectos?

Deixo a reflexão para quem quiser comentar e viajar, e quem não leu o primeiro post mais abaixo eu recomendo que dê uma olhada, principalmente na citação de Fernando Pessoa :-)

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