quinta-feira, 21 de abril de 2011

Aprendendo de nossos erros

"O importante não é justificar o erro, mas impedir que ele se repita".

Che Guevara


Finalmente concluímos o ciclo das provas do primeiro bimestre, UFA!!!

Considero que o grande ponto digno de nota foi a lição do erro do Prof. Geraldo na disciplina de Princípios Básicos. Conversando com algumas pessoas tive reforçada a impressão que essa lição do erro deixou em mim: ninguém ficou indiferente a ela.

Não quero criar polêmicas, mas acaba sendo inevitável neste caso, pois acredito que temos uma grande oportunidade nas mãos (talvez uma única): assumir a responsabilidade pelos nossos resultados, e fazer escolhas mais apropriadas para melhorá-los.

Não gostei dos resultados que obtive, como acredito que ninguém gostou, mas o Prof. Geraldo colocou de uma forma a meu critério bastante apropriada sua leitura dos resultados, e qual seria um possível caminho para que tenhamos resultados melhores. Isso me fez refletir muito.

Minha conclusão foi a de que somente ao nos fazermos donos de nossos resultados teremos a possibilidade de fazer escolhas mais inteligentes e cheias de recursos, seja na forma como participamos da aula, ou também como processamos/aprofundamos os conhecimentos abordados fora dela.

Muitos poderiam querer ir pelo caminho simplista de culpar pessoas, processos ou sistemas pelos seus resultados, e confesso que já fiz isso várias vezes, porém nunca me tornei nada melhor desta forma, e mais, observando a história das pessoas que fazem e fizeram a diferença no mundo, o que observo são pessoas que assumem o controle das suas ações, e não ficam a responsabilizar o meio ou o outro por algo que é em última instância nossa única responsabilidade: construir nosso futuro.

Estou pulando para o outro aquário, vamos nessa?

PS.: Sem nenhum demérito às outras lições do erro que foram muito boas também, mas a do Geraldo gerou mais do que novos conhecimentos.

3 comentários:

  1. Independentemente dos cursos e das instituições, existem dois tipos de pulo que esse peixe tem que dar: um, em relação às atividades do próprio curso. O outro, no sentido de ir além daquilo que o curso oferece, mas que sinaliza, no sentido de quais caminhos o aluno pode tomar. Assim, o curso (Psicologia ou qualquer outro) deve obrigatoriamente ser muito bom e é falso o discurso dos cursos de má qualidade que, para lavarem as mãos e se eximirem de suas responsabilidades de [má] formação, dizem que "quem faz o curso é [apenas] o aluno". Porque sómente um curso de boa qualidade, oferece condições para que o aluno dê esse "segundo tipo de salto", aquele no qual se esforça para ir além do que o próprio curso oferece. Isso se traduz, em termos de colocação futura no mercado, da seguinte maneira: realizando atividades extra-curriculares e de preferência estágios, na área que se pretende seguir, logo no começo do curso. No caso específico dos estágios, é importante ressaltar que devem ser de qualidade aceitável, ou seja: que sirvam para que o estagiário aprenda, e não, ser explorado como mão-de-obra barata, perdendo o seu tempo em algo que não lhe um aprendizado significativo. Vale a pena fazer um estágio não-remunerado, trabalho voluntário em instituições, etc., desde que isso acrescente experiência à formação e haja, é claro, atestados. Na área de RH, profissionais que conseguiram se colocar no mercado, em geral fizeram umm primeiro estágio logo a partir do 1.o ou, no máximo, 2.o ano do curso e, por volta do 4.o ano, conseguiram um estágio melhor; se trabalha, conseguir uma transferência para o DP ou de RH (se houver)é algo muito importante. Na área institucional, dá para fazer trabalho voluntário em ongs e outras instituições. Quem pretende seguir pela clínica, deve *obrigatoriamente* estar passando por um processo de psicoterapia ou de análise, assim como quem pretende seguir pela carreira acadêmica, deve começar a lecionar e/ou a fazer pesquisas, e assim por diante. A coisa não termina por aí: porque, terminada a graduação, vem a pós-graduação. Especialização para quem deseja uma formação voltada para o mercado, mestrado (e depois dele, doutorado) para quem deseja seguir como docente e pesquisador. De todo modo, nem a pós-graduação e nem mesmo as próprias atividades de estágio da própria graduação serão bem-aproveitadas, se o curso não for bom e se o aluno não suar um bocado, muitas vezes em disciplinas teóricas que muitos acham que "não servem para nada": se essa é uma percepção frequente em muitos cursos de graduação, o aluno irá perceber a fria em que se meteu (ter subestimado a importância das disciplinas teóricas) quando começar as disciplinas mais práticas, pois estas requerem um embasamento teórico anterior. Como um aluno se sente no final do curso? Se sente preocupado com o mercado. Também sente os efeitos de um processo de perda e luto, já que em breve irá encerrar uma etapa significativa de sua vida, repleta de vivências (e as conversas em mesa de bar, as relações amorosas que começa e termina, os conflitos que vive com os colegas e assim por diante, são muito importantes para a formação do aluno, num curso de Psicologia). Também começa a sentir algo como estar recuperando, resgatando a sua própria vida pessoal, pois, durante o curso, teve de sacrificar muitas coisas: o casamento que teve que adiar, a promoção no trabalho, uma relação mais próxima com os familiares e outras pessoas que ama e assim por diante.

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  2. Professor como sempre seu comentário expande e aprofunda o assunto. Acho que temos neste comentário muitos pontos para refletir e aplicar. Obrigado por compartilhar!!!

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  3. Poxa vida! muito bom mesmo! Fiquei com vontade de fazer tudo o que foi falado sobre as escolhas do curso.

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