terça-feira, 12 de julho de 2011

Refletindo sobre motivação de pessoas.

"O sucesso é ir de fracasso em fracasso sem perder o entusiasmo"

Winston Churchill

No jargão corporativo é muito comum ouvir falar dos famosos objetivos SMART. A tradução literal do inglês para o termo poderia ser inteligente ou esperto, mas o que essa expressão quer dizer é muito mais do que isso, ela é um acrônimo que nos explica que os objetivos deveriam apresentar as seguintes características detalhadas a seguir:

Specific - Específicos
Measurable - Mensurável
Achievable - Atingível
Relevant - Relevante
Timely - Vinculados ao tempo

O programador neuro-linguístico em mim ainda acrescentaria que um objetivo deve ser formulado no sentido positivo, ou seja, enunciando aquilo que estamos objetivando de fato, e não, aquilo que queremos evitar ou nos livrar de.

Objetivos, sejam eles SMART ou não tanto, são elementos muito importantes no processo de motivação, seja do próprio indivíduo (auto-motivação) ou na motivação de outras pessoas.

Nas situações corporativas cotidianas que venho vivendo, tenho observado que apesar de todos estes elementos serem importantes alguns ganham mais relevância em determinados contextos e situações. Por exemplo, um colaborador não se sentirá motivado se o objetivo que lhe for proposto não for atingível no prazo (ou no intervalo de tempo) que ele próprio estabeleceu para a consecução de uma determinada tarefa ou etapa de sua vida. Isso pode desmotivá-lo já de saída em suas ações frente aquele objetivo ou poderá impactar sua motivação no médio prazo.

Porém existe um elemento muito mais sutil e nem sempre verbalizado pelas pessoas que faz com que um boicote silencioso aos objetivos propostos seja colocado em movimento, muitas vezes ocorrendo até sem a tomada de consciência da própria pessoa (neste caso Freud explica), esse elemento é a falta de alinhamento dos objetivos e metas com os seus valores individuais.

Falar sobre valores individuais vale um outro post então não vou aprofundar muito aqui, mas aquilo que cremos e estamos dispostos a lutar por - ou a colocar nossa vida a serviço de - com toda a certeza constrói a base e o alicerce de nossa motivação.

Finalmente uma última reflexão sobre motivação está ligada à apreciação e reconhecimento do valor das pessoas, e seu impacto no processo de motivação das mesmas. Pela minha experiência é muito difícil alguém sentir-se motivado a atingir um objetivo (por mais SMART que seja), mesmo que ele esteja alinhado com seus valores pessoais, se a pessoa se sentir depreciada em um determinado contexto, situação ou organização.

Infelizmente motivar uma pessoa parece ser mais complexo do que desmotivar. Para desmotivar basta não entregar as condições necessárias e investir na separação que a mente da pessoa (a ser desmotivada) faz o resto, e seus comportamentos acompanharão. Para motivar temos que ser claros, éticos, SMART e focados em valores universais que nos levem a superar nossas limitações individuais e evoluir como seres humanos consciente e consistentemente.



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