Minha consciência é inconsciente de si mesma, por isso eu me obedeço cegamente
Clarice Lispector
Na última aula de Psicologia Brasileira acredito que vivemos a discussão e troca de idéias mais intensa e produtiva desde que começamos o curso. O assunto era em si muito interessante, e além disso o grupo tem se manifestado mais ativamente.
Sinto que foi um momento importante em nossa formação. Mais vozes se manifestaram, polêmicas desafiadoras foram colocadas pela Professora Maria Helena, e fiquei feliz com a manifestação do grupo em geral. Claro que tem sempre quem escolhe ficar à margem, mas faz parte do livre-arbítrio de cada um decidir o que é mais eficaz para sua formação: participar ativamente se manifestando ou participar escutando.
Cada um tem o direito de decidir o que funciona melhor para sua formação, e deve atuar coerentemente com isso. Só não vale não decidir o que vale a pena, e não atuar em sua formação colocando-se à margem, principalmente quando essa postura não se manifesta dentro de um contexto de respeito aos demais colegas e professores.
Globalização e subjetividade foram alguns dos assuntos que ficaram mais fortemente marcados para mim nesta aula.
O que aconteceria se nos mudássemos para um lugar sem acesso às informações do mundo lá fora, e vivêssemos aí por um ano? Como seria a nossa reação ao "voltar" para o mundo e ver o que mudou, evoluiu, foi criado ou deixou de existir neste curto período de tempo. Na velocidade das mudanças atuais acho que ficaríamos chocados com o que observaríamos no mundo.
Mas além disso, e mais importante ainda, o que será que veríamos em nós mesmos em nossa "reintegração" na sociedade após esse curto período de reclusão? Qual seria o nosso desconforto? Será que o maior desafio estaria fora ou dentro de nós?
Aqui eu gostaria de fazer a ponte com a subjetividade. Sem ter nenhum estudo científico para fundamentar o que penso, eu me arrisco a dizer que o maior desafio estaria dentro de nós. O conflito de nossa subjetividade que ficou hibernando por um ano com a realidade seria com certeza digno de um filme de Spielberg.
Fazer parte de um grupo, uma sociedade, um país, uma religião demanda de nossa subjetividade um elemento de adaptação. Percebo que para poder desfrutar dos benefícios que o coletivo nos entrega temos que "pagar um preço" abrindo mão de elementos subjetivos que nos distanciariam do grupo.
Finalmente vejo que nessa dança da globalização nossa individualidade vai se formando, e de certa forma vamos em alguns momentos conduzindo, e em outros nos deixando conduzir, e o resultado disso é uma experiência subjetiva cada vez mais complexa, e em razão disso mais rica de diversidade e conteúdos.
Seguimos saltando de perfeições menores para perfeições maiores, mas esse já é assunto para outro post...
Sinto que foi um momento importante em nossa formação. Mais vozes se manifestaram, polêmicas desafiadoras foram colocadas pela Professora Maria Helena, e fiquei feliz com a manifestação do grupo em geral. Claro que tem sempre quem escolhe ficar à margem, mas faz parte do livre-arbítrio de cada um decidir o que é mais eficaz para sua formação: participar ativamente se manifestando ou participar escutando.
Cada um tem o direito de decidir o que funciona melhor para sua formação, e deve atuar coerentemente com isso. Só não vale não decidir o que vale a pena, e não atuar em sua formação colocando-se à margem, principalmente quando essa postura não se manifesta dentro de um contexto de respeito aos demais colegas e professores.
Globalização e subjetividade foram alguns dos assuntos que ficaram mais fortemente marcados para mim nesta aula.
O que aconteceria se nos mudássemos para um lugar sem acesso às informações do mundo lá fora, e vivêssemos aí por um ano? Como seria a nossa reação ao "voltar" para o mundo e ver o que mudou, evoluiu, foi criado ou deixou de existir neste curto período de tempo. Na velocidade das mudanças atuais acho que ficaríamos chocados com o que observaríamos no mundo.
Mas além disso, e mais importante ainda, o que será que veríamos em nós mesmos em nossa "reintegração" na sociedade após esse curto período de reclusão? Qual seria o nosso desconforto? Será que o maior desafio estaria fora ou dentro de nós?
Aqui eu gostaria de fazer a ponte com a subjetividade. Sem ter nenhum estudo científico para fundamentar o que penso, eu me arrisco a dizer que o maior desafio estaria dentro de nós. O conflito de nossa subjetividade que ficou hibernando por um ano com a realidade seria com certeza digno de um filme de Spielberg.
Fazer parte de um grupo, uma sociedade, um país, uma religião demanda de nossa subjetividade um elemento de adaptação. Percebo que para poder desfrutar dos benefícios que o coletivo nos entrega temos que "pagar um preço" abrindo mão de elementos subjetivos que nos distanciariam do grupo.
Finalmente vejo que nessa dança da globalização nossa individualidade vai se formando, e de certa forma vamos em alguns momentos conduzindo, e em outros nos deixando conduzir, e o resultado disso é uma experiência subjetiva cada vez mais complexa, e em razão disso mais rica de diversidade e conteúdos.
Seguimos saltando de perfeições menores para perfeições maiores, mas esse já é assunto para outro post...
e ai Mauricio.sabia que voce ia comentar dessa aula realmente foi muito produtiva e concordo plenamente com que voce disse.Fico as vezes intrigado de como nossos colegas agem em aula e não entendo como podem tratar um curso tão complexo e intrigante com tanto desprezo. mas a vida é assim um dia eles aprendem, só que pela dor e não pelo amor.
ResponderExcluirEu sou testemunha disso pois aprendi assim.
Paulão,
ResponderExcluirConcordo contigo que um dia todos acabamos aprendendo algo.
Mas com relação ao desprezo tenho uma visão um pouco diferente. Acho que para ter desprezo por algo temos que tomar uma atitude consciente de rejeitar ou desvalorizar esse algo, e acho que no caso do nosso grupo não é isso que acontece.
Quando as pessoas não percebem o valor de alguma coisa não colocam ênfase em sua relação com essa coisa.
Na minha opinião é a falta dessa percepção de valor nos conhecimentos que temos estudado que leva pessoas a se comportarem como turistas aparecendo de vez em quando, ou ainda pior levando o corpo para dentro da sala, mas deixando a mente e o coração fora.
Um dia a gente aprende meu irmão!
Obrigado pelo comentário.
Forte abraço. Maurício.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirParabéns Mauricio,por suas postagens.Sempre que posso passo por aqui.
ResponderExcluirAgora esta postagem em si, e o comentário do nosso amigo Paulo me fizeram discordar em alguns aspectos, os quais peço licença para pontuar.
Acredito que o curso acadêmico que estamos fazendo é de uma complexidade enorme, muitos de nós não tínhamos uma experiência em aprendizagem neste nível, então estamos ainda nos adaptando. Isso não quer dizer que haja desprezo.
Por outro lado, existem pessoas tímidas, que com o passar do tempo com certeza desenvolverão um mecanismo para manifestarem-se nas aulas, mas isso não significa que elas não participam. Me surpreendo com muitas delas, que nunca falam na aula, mais interrogadas a respeito da matéria dão um show de conhecimento.
É notório que algumas pessoas não estão abertas ao aprendizado.Porém acho um risco julga-las, até mesmo porque estamos aprendendo a ligar com as particularidades de cada individuo.
Enfim,acredito que as coisas aos poucos vão se encaixando,e a partir da contribuição de cada um, poderemos criar uma acervo de conhecimento que norteará nossa vida profissional.
Abraços
Modesto (rs)
Claudenir
ResponderExcluirDesde que criei o blog e comecei a escrever o que mais busquei foi essa interação. Essa troca de idéias, a polêmica saudável, e o desafio dos nossos conceitos e limites.
Respeito e agradeço muito seus comentários. Acredito que estamos aos poucos construindo a identidade de nosso grupo.
Obrigado pelo seu comentário!
Forte abraço.